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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Caro senhor presidente, venha dar uma volta comigo?

     
      Imagino como seria ter o poder sobre todas as nações, aplicando jogadas de xadrez em busca de um objetivo que todos já sabem qual é.
     Muitos dizem que a formação de um ser é produto do meio onde vive, que o ambiente ao qual está habituado é licenciatura para a composição do caráter e escolhas ou como diria Almeida Garret: 'o homem é ele e as suas circunstâncias'. Mas se a sociedade é composta por nós, seres humanos, seria correto afirmar que nós somos responsáveis por tudo que nos atinge? De maneira indireta, insistem em nos apontar o dedo e dizer que a culpa é toda nossa, pois não seria de fato?
    O homem está fadado a uma eterna infinidade de frustrações retidas, ele nunca está satisfeito com o que já possui e a cada dia é adicionado por si mesmo, um defeito pessoal, social, econômico e político. Podemos analisar a situação de uma empresa por exemplo: ela está perdendo seus clientes e precisa recuperá-los e buscar novos mercados, ampliando seus negócios. Ela poderia investir em novas tecnologias para melhorar sua produção atendendo com mais rapidez e eficiência as necessidades do cliente. Migrando do ponto de vista organizacional, vamos entender o ambiente interno da empresa. Os funcionários tornam-se resistentes a tais mudanças propostas porque não querem perder toda a experiência que conquistaram até o exato momento ou até mesmo sentem medo por arriscarem em algo incerto que não tem conhecimento ou pela falta de comunicação entre os departamentos. Pode ser percebido que é o homem que impõe barreiras a ele mesmo.
    Uma pessoa que nunca teve algum tipo de poder ou relacionamento com algo semelhante não sabe o que fazer com ele, salvo exceções. Em contrapartida existem outras que se deixam corromper pelo sistema, resultando em calamidades públicas, descaso com certos setores do país e falta de cumprimento com as propostas encontradas em sua campanha. Estamos cansados de saber que quem coloca esses representantes no poder somos nós, portanto somos SIM, responsáveis indiretos pela situação da sociedade em que nos encontramos.
    Um indiano chamado Krishnamurti, desenvolveu uma teoria que atesta as afirmações anteriores, além disso, ele diz que o ser humano nunca vive no presente, ou está preso ao passado ou sua mente está fechada e aberta somente para pretensões futuras. Krishnamurti, menciona que a implantação do sistema socialista não funcionou porque as pessoas por detrás do sistema entendiam muito sobre as questões ecônomicas, porém eram falhos nas psicológicas enfatizando que o homem cria o problema e depois se questiona como poderia resolvê-lo.
    Possuir o poder não é sinônimo de saber administra-lo a fim de solucionar os problemas sociais. A liderança é um dom, por isso, nem todas as pessoas a possuem.


"(...)nossa realidade só pode ser alterada quando tomamos consciência de nossa vida verdadeira, quando criamos um dialogo com nos mesmo, quando temos o que Sócrates chamou de auto-cuidado, quando nos tornamos responsáveis por nos mesmo quando assumimos o destino de nossas vidas em nossa própria mão, quando somos capazes de pensar por nos mesmo, e não pensar a partir do pensamento de outro individuo, lideres são importante em uma sociedade, mas ó líder mais importante somos nos mesmos(...)"
Euzébio Costa

Ludimila do Nascimento Bassan
(O Olho que tudo vê)

Talvez eu tenha me cansado

  
"Cansei desse tal parnasiano,
ele que entre pelo cano
e navegue nos mais profundos rios
da indiferença e orgulho"
L.N.B

    Cansei dos medos que me rondam dia e noite, noite e dia, incessantemente me perseguem sem o mínimo de pudor ou misericórdia, vivo sob um cárcere libertário. Cansei de ter que fugir dos problemas que a todo momento cruzam o caminho de quem anda em busca de algo, a solução é muito mais simples quanto parece: encare-se uma única vez no espelho e perceberá que o que chamamos de problema, na realidade é um sistema ilusório que criamos, porque a resolução desse emaranhado de contradições se encontra em um único espaço, o mesmo que deu origem aos nossos anseios: O próprio ser humano.
    O Homem, em toda a natureza, é a única espécie que implanta uma armadilha para si mesmo. Podemos nos contradizer a todo momento, tentando agradar a uma grande quantidade de pessoas simultaneamente, no entanto os selvagens, unem-se em bandos em prol de um bem comum que vai muito além de sua própria sobrevivência, e sim da permanência de toda uma raça, de uma espécie.
    Com o passar dos anos, as pessoas tornaram-se cada vez mais individualistas e passaram a lutar por uma causa que não pertencia a um conglomerado, deixaram para trás a união e esqueceram-se da raiz de uma luta válida. Lutar sozinho por uma causa teoricamente indefinida gera um conflito social de uma imensidão vasta.
    Mas apesar de tudo, o espírito transformador ainda existe em cada indivíduo, ainda que seja revelado através de uma injustiça cometida com uma pessoa muito próxima; isso prova que ele ainda está lá, permanente e intacto, camuflado? Talvez. Escondido por detrás de um medo aparente que sobressai a qualquer sinal de imposição, nos colocando em um patamar submisso. Novamente, encontramos o ser contraditório, confrontando-se com o seu próprio reflexo: espécie X espécie, caminhando em direções contrárias, buscando incessantemente se encontrar consigo mesmo.
Ludimila do Nascimento Bassan
(O Olho que tudo vê)

Paralisação pela educação

 
"Os poderosos podem destruir uma, duas, até três rosas, mas jamais poderão deter a primavera."
CHE GUEVARA

   Na última terça-feira (06) a fim de cumprir com o objetivo dessa frase, cerca de 150 pessoas envolvendo alunos e professores da Escola Técnica Estadual Conselheiro Antonio Prado marcharam pelas principais avenidas da cidade de Campinas totalizando aproximadamente 8km sob uma chuva incessante.
    O manifesto era em apoio a luta dos professores por melhores condições de trabalho, aumento salarial e reivindicação à perda de vínculo das ETEC's com a Unesp (Universidade Estadual de São Paulo).
    Durante a semana várias atividades foram desenvolvidas com os alunos, juntamente com a gestão do Grêmio 2010, Até Quando?, com o objetivo principal de colocar a situação vivida pelos professores em um patamar de igualdade com os estudantes. À portas fechadas, ocorreu uma reunião do corpo docente da escola com alguns alunos votados como representantes, para que dessa maneira, todos pudessem entender as reivindicações do sindicato e poderiam assumir uma posição perante a possível greve. Dentro da sala, foi votado o apoio ou não à greve dos professores do Centro Paula Souza organizada pelo sindicato. Uma maioria considerável dos docentes vetou a possibilidade de adesão, no entanto apoiaram a paralisação de um dia, que aconteceria entre todas as etec's vinculadas ao Centro Paula Souza.
    Através de debates, os estudantes poderiam expor sua opinião de forma saudável sobre os últimos acontecimentos, discutir de maneira politizada e democrática as questões que afetam o setor educacional e até mesmo gerar polêmicas sobre o descaso do governo com a educação pública.
    O atual governador do estado de São Paulo, José Serra, aumentou o número das escolas técnicas no estado, para o fornecimento de mão-de-obra qualificada e barata para que pudesse suprir as carências do mercado, além de ampliar o número de vagas nas escolas. Porém, não assumiu a responsablidade de manter a implantação dessas mudanças; sabemos que a verba destinada à área da educação é muito baixa com relação aos outros setores (25%) e por esse motivo as escolas sobrevivem com falta de livros e materiais de pesquisa, infra-estrutura ultrapassada e uma precária doação semestral dos alunos que não cobre os gastos totais da instituição de ensino.
    Como previsto no estatuto da criança e do adolescente, é direito frequentar uma escola pública próximo à  residência, mas hoje o que encontramos é uma enorme discrepância entre as escolas estaduais e municipais, as quais possuem salas abarrotadas de alunos sem condições de suprir as necessidades de todos eles.
    A educação é gratuita, é um direito, não deve ser vendida e muito menos comprada. O que encontramos no cenário educacional é roubo, fraude, corrupção entre as corporações de ensino, competição barata por vagas em concursos públicos, tráfico de informação livre a qual todos deveriam ter acesso e não uma minoria elitizada que enche os bolsos dos ladrões do plenário.
    É muito simples culpar a população por jogar pérolas aos porcos ou entregar um país nas mãos de desavisados, e acima de tudo manter-se neutro e incompatível com a realidade na qual estamos inseridos. Acovardar-se em um momento que todos deveria ser fortes é o maior sinal de conformismo e egocentrismo já descoberto. Segundo Sun Tzu, um estudioso das estratégias ulilizadas em grandes guerras, a superioridade numérica do exército não influencia diretamente na batalha, o que interfere é o conhecimento de si mesmo, do inimigo e colocar os soldados diante da morte certa, eles definitivamente não recuarão diante a batalha, pois a sua motivação está entre viver ou morrer.
    Lutaremos por uma vida digna, uma educação e saúde pública de qualidade até o dia em que não sejamos chamados de problema social gerado de maneira intrinseca por nós mesmos.
    Encerro com uma declaração:

"No dia 06 de março de 2010, em meio a uma multidão em polvoroza, dotada de esperança que tentava atacar a fraqueza de quem dedeveria ser seu aliado, porém lastimávelmente tornou-se um inimigo voraz, EU ESTAVA LÁ, abraçando uma causa que não era de forma alguma egoísta ou encabeçada por uma mente brilhante, éramos simplesmente guiados pelo espírito de liberdade revolucionária enraizada na transformação completa do status cuo ao qual a maioria está habituada. Me desculpe os muitos, mas sou a minoria !"
LUDIMILA N. BASSAN
 Ludimila do nascimento Bassan
(O Olho que tudo vê)

Utopia


Não me encontro entre anjos,
mas sim, em uma selva de demônios
muitos são os obstáculos em meu caminho
no entanto, são os meus erros
que me mostram como é bom
mergulhar de cabeça e não somente molhar os pés.
Grande é a quantidade de cegos
perante a maravilha proporcionada pelo capitalismo
Foram necessários vários tropeços e tombos
para que enfim eu pudesse abrir os olhos
e ver que não sou mais um boneco a ser manipulado
Em meio a esse marasmo de gente
minha mente se atordoa em várias voltas
às vezes me envergonho por cair e me machucar,
mas me sinto feliz pois tenho pessoas ao meu lado
e a tal liberdade que é vista por muitos
porém utópica para outros?
Penso que tais poensamentos
me fazem aprender que o sol brilha para todos
e que os grandes tornam-se pequenos
em meio as dificuldades da vida
pois podemos apagar o passado
mas o futuro, é incerto.

(texto produzido durante a aula de PA [produções artísticas])
Ludimila do Nascimento Bassan
(O Olho que tudo vê)

Trabalho na Revolução Industrial*

Conclusão do seminário de Gestão de Competências sobre o trabalho na Revolução Industrial


     Se comparássemos as condições de trabalho vividas durante a Revolução Industrial com aquelas que conhecemos e vivenciamos atualmente, perceberíamos que ela possuia um relativo contato e ligeira semelhança com o regime escravista. No entanto, a diferença mais visível que observamos foi o trabalho assalariado, que por menor que seja é melhor do que vender sua mão de obra por nada.
    Os castigos realizados pelos supervisores de produção aos operários, não fogem muito àqueles que eram feitos pelos feitores das fazendas com relação aos escravos. Mas foi a partir do anseio por mudanças e com total certeza, fuga dos padrões conformistas da época, que os operários conquistaram vários direitos que hoje são encontrados com direitos do trabalhador, os quais as empresas devem cumprir.
    Sem dúvida alguma a Revolução do Proletariado, ocorrida durante a Revolução Insdustrial, desencadeou uma série de mudanças que constantemente são alteradas até os dias de hoje. Devemos muito aos operários que não etemeram e que fizeram da união a força para que o real sentido da palavra REVOLUÇÃO seja de fato cumprido: o papel de transformação constante e por completo.

Ludimila do Nascimento Bassan
(O Olho que tudo vê)

Mesmice



"Em nossos dias o homem consegue dar a volta ao mundo, afastar a morte para bem longe, determinar o peso das estrelas, extrair óleos das entranhas da terra, fazer uma galinha pôr 365 ovos por ano, amestrar cães, ensinando-lhes a fumar cachimbo, bem como aos leões a jogar bola. Mostre-lhe no entanto5 pães e 2 peixes para vender, e 5 adultos passando fome, e 2 crianças sem dinheiro, e ele logo irá convocar uma conferência, criar comitês e subcomitês, fazer eleições e exclamar em tom de lamento : Meu Deus, essa crise nos deixa inteiramente atados! Empreende uma série de inutilidades para depois se recolher. Os 5 adultos e as 2 crianças continuam a passar fome; os 5 pães e os 2 peixes permanecem intactos"

(Senhor Mamoulian
Ainda resta uma esperança - Johannes Marius Simmel)

    Essa manhã, durante a aula de PTC (Projetos Técnico Científicos), abri o armário da sala e vi esse livro, lembro que o nome do autor foi o que mais me chamou a atenção, pois já havia lido outro livro dele. Nele, é contada a história de um homem que lutou na Segunda Guerra Mundial, vivendo em meio a crise econômica do pós-guerra. Durante esse período, ele perdeu sua famíla e sua casa, era um homem sozinho no mundo, desesperançado se afunda em um mundo de bebida e decide morrer, no entanto, no decorrer da história ele conhece várias pessoas que perderam tudo na vida e se encontravam na mesma situação que ele; porém não desejam a morte e preferem enfrentar os seus problemas a realidade de maneira sútil e alegre, o convencendo a VIVER mais um pouco a cada dia mais.

"Quanto mais me aproximo da morte, mais percebo que eu quero viver"

Ludimila do Nascimento Bassan
(O Olho que tudo vê)

Palavra dita de tão longe



"Mas que tens? Não me reconheces?
De mim afastas teu rosto?
Pois tanto pode o desgosto
Transformar o rosto meu?
Sei a aflição quanto pode,
sei quanto ela desfigura,
e eu não vivi na ventura...
Olha-me bem, que sou eu!"
Ainda assim - ADEUS - Golçalves Dias

"Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranquilo:
QUERO SOLIDÃO.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens,
Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras? TUDO. Que desejas? - NADA.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?

Deixo aqui meu corpo,entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão"
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
QUERO SOLIDÃO!!"
Despedida - Cecília Meireles

    Através dos poetas, a ti me desponho. Não falarei por mim, pois eles já disseram antes que eu o pudesse. Silenciei-me ao máximo, guardei segredos tomando sempre o cuidado de não me aproximar muito e durante esses últimos dias, mantive-me à espreita a esperar pelo tempo.
     Se souberes como me explicar o critério selecionador do coração, serei eternamente grata. Preciso me defender, me vacinar... ESTOU À BEIRA DE UM COLAPSO.
    Ao optar por permanecer só, não me isento de qualquer possível culpa, muito pelo contrário, visto mais uma vez a roupagem do egoísmo que pretende guardar os sentimentos, não quero magoar mais ninguém! Deixe-me sonhar nesse mundo abstrato, ao qual me faço dona...
    Para quê insistir tanto em algo que não pretende tornar realidade? Por que seria a ilusão chave mestra para a porta da dor?
    Não mais me iludirei e nem a você!
   
   "Deixo as pessoas livres, as pessoas e as coisas, se um dia elas voltarem é porque de fato pertencem a mim e eu me sujeito a elas, porém se ao contrário for, nunca as possui e muito menos elas a mim!"

Ludimila do Nascimento Bassan
(O Olho que tudo vê)

Visão Jurídica do Sistema de Cotas


Curso Técnico em Administração pela ETEC Bento Quirino, hoje tivemos aula de "Direito" . Em sala de aula, nos foi encarregado a resolução de um exercício, no qual deveríamos argumentar se o sistema de cotas universitário estava de acordo ou não com o Artigo 5º do Código Civil, através de um ponto de vista jurídico:

"Todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes nos país a inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à segurança e propriedade".

R: O sistema de cotas das universidades não fere o princípio da isonomia que garante igualdade entre os iguais e desigualdade entre os desiguais. Partindo do princípio de que todos são iguais perante a lei, a utilização das cotas universitárias denotaria uma suposta incapacidade das minorias étnicas. Pessoalmente acredito que o desenvolvimento desse sistema teve como base antecedentes históricos, tais como o tratamento que os negros e índios tiveram em nosso território, reduzindo drásticamente a população dessas etnias em nosso país. Essa seria somente mais uma das tentativas de inseri-los em nossa sociedade, como fator de compensação em relação aos antecedentes. Porém, devemos reconhecer que os negros, pardos e índios são minorias étnicas se comparadas à maioria existente no território brasileiro e por isso utilizam-se da isonomia tratando com desigualdade os desiguais. Desiguais sim, perante a quantidade relativa à maioria predominante, e ainda assim iguais, pois todos são considerados iguais perante a lei.

Ludimila do Nascimento Bassan
(O Olho que tudo vê)

Sem nexo!

"Quanto mais me aproximo da morte, mais percebo que eu quero viver!"



    Começo essa postagem diária, sem tema, sem um fundamento, sem embasamento, SEM NADA. Relacionado ao inexistente me coloco a mercê do momento, sentimentos que vem e disparam o coração da gente e mesmo assim, me torno incapaz de descrevê-lo ou nomeá-lo. Parece fácil falar que o tempo passou e que não há mais sentido em tentar resgatar algo que nunca foi, de fato, nosso. Tenho , pulsando em mim VIDA, mas ainda assim, penso que minha tendência é caminhar para a morte, sem chance alguma de retroceder. Se realmente não tivermos outra chance de recuperar o tempo perdido, seremos somente mais um que passa mais da metade da vida dormindo e quando se aproxima do fim de sua existência percebe que o que ele mais queria era VIVER!

Ludimila do Nascimento Bassan
(O Olho que tudo vê)

O machismo exala a Chanel

   
    No próximo dia 8 de março, datado como o dia Internacional da Mulher, várias esposas receberão buquês de flores, abraços e homenagens de seus respectivos maridos, pura e simplesmente pelo fato de fazerem parte do gênero feminino. No entanto, simultaneamente, é esquecido o real motivo dessa data ter sido instituídano calendário, banalizando assim, o embasamento político-social que deu início aos movimentos feministas.
    Isso pode ser constatado utilizando um simples controle remoto; na tela da televisão veremos mulheres que se destacaram profissionalmente, cargos em ascensão e conquistas obtidas por elas através dos anos. Todavia, ocultam a realidade mundial das mulheres submetidas a uma sociedade patriarcal e submissas a condutas morais pré-concebidas. Partindo desse princípio, as instituições jornalísticas foram esmagadas e comprimidas aos interesses políticos e econômicos das grandes corporações de mídia, vendendo seus ideais e a essência informativa em troca de uma opressão camuflada.
    O abuso de poder e a coersão provém de um contexto histórico decorrente do acúmulo de opressões sofridas, pregando a lei da selva, na qual o mais forte prevalece. Independentemente de quem fôr o mais fraco, pois nessas situações os interesses relacionados a status e poder econômico superam qualquer vestígio de humanidade ainda existente.
    Geralmente, assuntos como o feminismo ou até mesmo a luta de classes (opressores X oprimidos) não são debatidos na maioria das escolas, tanto na rede pública como privada. Parecem assuntos utópicos e incabíveis para os jovens, devido a preconceitos, falta de informação ou estímulo. Os professores foram programados para produzirem robôs que por sua vez, são programados pelos primeiros a obedecer ordens e tornarem-se mais um oprimido nesse marasmo cibernético.
    A partir do momento em que somos matriculados na escola, constantemente nos bombardeiam com idéias pré moldadas acerca do vestibular. Passamos 11 anos da nossa vida sendo preparados para esse momento e se por algum motivo não nos selecionam porque não atingimos as expectativas, frustrantemente nos taxam de imaturos e sem futuro.
    São esses mesmos ideais pré -moldados que traçam o estereótipo social de cada segmento. Quem nunca assistiu a um comercial de cerveja por exemplo? Temos na tela da tv a mulher objeto que se vende por um copo de cerveja. Olhe para o lado, talvez você esteja vendo uma dona de casa que não tem o seu trabalho reconhecido pelo ministério do trabalho como atividade remunerada, ou uma mulher com dupla jornada de trabalho que sustenta uma família sozinha.
    Esse é um fato que prevalece em muitas famílias ultimamente. Se olhássemos há  décadas atrás não estarímos vendo nem mesmo a possibilidade disso acontecer. E infelizmente, essa ainda é uma realidade vivida por uma grande parcela da população feminina no mundo todo.
    Em especial, as mulheres haitianas que são submetidas a relações sexuais em troca de alimento. Essa não é uma realidade tão distante. Esses atos são cometidos por milícias organizadas pelas tropas do exército que utilizam a falsa nomenclatura de MISSÃO DE PAZ.  Desde quando a paz se conquista com fuzis ou como pode-se reerguer um país em detrimento de situações humilhantes como a violência contra a mulher? Muitos podem pensar que isso acontece em outro país e que a população brasileira não tem nada a ver com isso. Infeliz seja esse pensamento egoísta que tapa os olhos dos pensadores! Se o próprio exército brasileiro enviado para o Haiti comete tais ações fora do território, sendo que foram encarregados a outra tarefa que nada tem a ver com estupro de mulheres e adolescentes, que autoridade temos nós, cidadãos do Brasil, que colocamos os governantes em seus lugares que hoje são ocupados e que oferecem mais destruição à quem necessita de ajuda?

HIPÓCRITAS SOMOS!

Ludimila do Nascimento Bassan
(o olho quetudo vê)

Ps: Escrevo após um dia exaustivo, enclausurada em uma sala, na qual renegados são aqueles que fazem do conformismo, FILOSOFIA DE VIDA!

Meu Juízo



Em meio a solidão em que me encontro
me faço juíza de mim mesma
absolvo quem um dia me feriu
findando por condenar-me

Colocando-me como um réu
Eu própria me julgo
Condeno-me por ser frágil
Frágil e fraca a ponto
de não destinguir o sim e o não

Enclausurada estou
através de uma grade
posso ver o nascer do sol após se pôr
a luz que sorrateiramente invade o quarto
é um ligeiro sinal de esperança

Cada escolha uma consequência
cada consequência uma ação
cada ação um argumento
cada argumento um fato
cada fato um alguém
cada alguém uma lágrima
E em cada lágrima há sempre uma história
como aquela que vivemos

Escrevo, após a última palavra
de um livro que li:
IMPORTÂNCIA
Palavra esta da qual não faço mais parte.

Ludimila do Nascimento Bassan
(O Olho que tudo vê)

Quando me amei de verdade

"Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é…Plenitude."
Charles Chaplin


    Passei um tempo afastada dessa página, por motivos pessoais. Precisei manter uma certa distância até mesmo da cidade para reorganizar minhas idéias e repensar várias decisões a serem tomadas. Depois disso, analisando as circunstâncias, percebo que a maior parte dessas decisões já estão garantidas, pelo menos na mente, só necessitam ser postas em prática.
    É complicado quando você se torna policiador do seu próprio eu. Sabemos que vamos errar, não importa como, quando, onde ou muito menos por quê. A vida é um infinito "errar", na qual não se pode apagar o que foi feito, nem mesmo tentar utilizar aquele tão conhecido "jeitinho brasileiro" de solucionar problemas. A mente humana é uma máquina que não pára, não depende de nós, é algo involuntário. Enquanto você pensa que ao dormir se descansa, é nesse momento em que nosso subconsciente entra em ação para recriar o que aos nossos olhos tenha passado despercebido durante o dia.
    Ouvi um dia que as pessoas são produtos de troca. A medida que elas não suprem mais suas necessidas, são descartadas a fim de adquirir um produto  que lhe ofereça uma relação custo-benefício mais vantajosa que a anterior. Olhando por essa dimensão, parece uma visão fria e sem sentimento, mas não o é. Esta foi somente mais uma maneira de se explicar os efeitos que o amor causa nas pessoas, definição essa, analisada sob o olhar do marketing administrativo.
    Quando olho para as minhas relações, sejam elas afetivas, familiares ou fraternais, percebo sim que faz sentido utilizar essa metáfora para nos referirmos a um relacionamento, porque de fato é isso que ocorre, uma transação sem fim. No entanto, as pessoas só aceitam esse tipo de  negócio porque é uma maneira mais rápida de suprir seus desejos. Quantas vezes não nos pegamos olhando para um produto que compramos questionando a sua utilização ou se realmente seria necessário adquiri-lo. Partindo desse ponto, os desejos são momentâneos, porém as necessidades, não. Portanto se alguém pode ser substituído por outro, não passa de mero desejo, um capricho medíocre e egoísta, próprio do ser humano. Porém, se acaso, se tornar necessário estar ao lado de uma determinada pessoa, acalme-se e descanse, pois acabou de encontrar a pessoa da sua vida.
     Já fiz muitas coisas erradas, já magoei pessoas que não mereciam em busca de um desejo infundado. Já tornei-me necessidade de alguém, já disse que não. Já sofri por meus desejos, paguei um preço muito caro por eles, alguns deles eu parcelei, gastei até mesmo o que eu não tinha a ponto de sujar meu NOME. A essas pessoas peço um desconto de 50% por ser uma iniciante na carreira, na qual aos poucos vou ganhando experiência; quem não sonha com uma estabilidade financeira? Eu não estaria fora desse pensamento...


Ludimila do Nascimento Bassan
O olho que tudo vê

O amanhã é incerto

"(...)É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
porque se você parar pra pensar, na verdade não há(...)"

"(...)Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem
ou que seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém(...)"
Renato Russo


    Envelhecer sem perder aquele brilho inocente de quem um dia foi criança, parece ser algo impossível.
    Nascemos totalmente dependentes de nossos pais; se estamos com fome CHORAMOS, se sentimos sono CHORAMOS, quando a dor aparece CHORAMOS novamente. Mas o mais impressionante nisso tudo é que a mãe sabe diferenciar uma lágrima de outra, interpretando os desejos de seus filhos.
    Após crescermos e conquistarmos a independência juntamente com alguns fios de cabelo brancos, seria natural retribuir o gesto de carinho e atenção que recebemos quando recém-nascidos. No entanto, o que encontramos são idosos abandonados em asilos e esquecidos por sua família.
     As pessoas andam tão atarefadas que não têm tempo para mais nada além de buscar status e dinheiro. Por esse motivo pereferem "esquecer" de quem os criou e cuidou deles quando eles mais deram trabalho. E hoje ao retornarem à dependência infantil de cuidados, os próprios filhos dizem ser um peso em suas costas.
     Ao consultar o dicionário, a palavra maturidade está ligada ao pleno desenvolvimento humano, mas se olharmos para a nossa vida de fato, constatamos que sempre há algo a ser desenvolvido e que ser uma pessoa madura pode ser considerado um estágio utópico do ser.
     De nada adianta, batalhar a vida toda somente por dinheiro, se na hora da morte nada será levado conosco. Muitos afirmam que pelo menos as gerações futuras serão estáveis por causa da riqueza acumulada. Então trabalhamos a vida toda para dar o suor do nosso esforço simplesmente de "mão-beijada"? Existem pessoas que passam a maior parte de sua vida lutando por isso e se esquecem de viver e aproveitar o que há de melhor.
     Não que o dinheiro não seja necessário, e lógicamente ele é. Mas enquanto as pessoas não estiverem satisfeitas com o que já possuem, a vida continuará a perder o seu valor, um barril de petróleo será mais caro do que 10 crianças haitianas, uma saca de arroz valerá 3 idosos no asilo da esquina e você não custará nem um copo d'água ...

Ludimila do Nascimento Bassan
(Olho que tudo vê)

Um sonho pela manhã

Café da manhã saboreado com um simples SONHO!{#}

"Sou apenas um caminhante
Que perdeu o medo de se perder
Estou seguro de que sou imperfeito
Podem me chamar de louco
Podem zombar das minhas idéias
Não importa!
O que importa é que sou um caminhante
Que vende sonhos para os passantes
Não tenho bússola nem agenda
Não tenho nada, mas tenho tudo
Sou apenas um caminhante
À procura de mim mesmo"
O vendedor de sonhos - Augusto Cury


    Em meio às últimas tragédias globais, grandes potências mundias uniram-se e compraram o sonho da solidariedade que há tempos não se via. O ser humano possui a estranha capacidade de comoção para com o seu próximo após os acontecimentos arrasarem sua vida, caso contrário, pouco é feito para evitar ou mudar determinado quadro.
    Na noite passada, assisti a uma reportagem que retratava o assassinato de uma cabelereira em pleno local de trabalho, o autor foi seu ex-marido que com frequência a ameçava de morte. As conversas telefônicas através das quais ele a ameaçava foram grampeadas e divulgadas na mídia, bem como os boletins de ocorrência registrados na delegacia. Após executar a ex-mulher com 7 tiros à queima roupa, o homem foi condenado à 3 anos de prisão.{#} 
    Além disso, após várias pesquisas de grandes cientistas especialistas em alterações climáticas, estabeleceu-se a necessidade de uma conferência na qual os líderes mundiais discutiriam as melhores medidas para a redução na emissão de gases causadores do efeito estufa, denominada de Conferência de Copenhagen. Como de costume, alguns países negaram-se a contribuir quando notaram que a economia do seu país poderia ser afetada.
    As respostas para o grande descaso das autoridades para com a sua população provém de um caráter totalmente individualista e egocêntrico.  Devido a ele, a burocracia tomou conta de todas as soluções possíveis para solução desses acontecimentos, já que o que poderia ser resolvido com um acordo em menos de um dia, demora anos. Esse seria apenas um dos motivos que tornou o cidadão revoltado e o capacitou a utilizar a justiça com suas próprias mãos.
    Me questiono todos os dias, quanto tempo mais esperaremos para que o mundo abra os olhos e passe a sonhar um ÚNICO sonho em comunhão, um sonho de compaixão, deleite, solidadariedade, misericórdia, enfim um SONHO PURO DE AMOR...

Ludimila do Nascimento Bassan
(O Olho que tudo vê)

Eu não pedirei por muito

"(...)Because it's you and me and all of the people
With nothing to do
Nothing to lose
And it's you and me and all of the people
And I don't know why
I can't keep my eyes off of you(...)"
"(...) Porque somos você e eu e todas as pessoas
Com nada pra fazer
Nada a perder
E somos você e eu e todas as pessoas
E eu não sei por que
Eu não tiro meus olhos de você(...)"
Lifehouse - You and me


    Encontro-me em um momento diagnosticado como altamente vulnerável e dele eu tenho medo. São somente alguns detalhes que acabam se revelando com o passar do tempo e que sem querer transformam uma situação sustentável a insuportável.
    Entendo o significado da palavra saudade e ele nada tem a ver com ausência e sim com a falta de pessoas ou coisas que um dia foram muito presentes em nossa vida.
     Hoje não estou tão animada como de costume meus caros, pois sinto meu sentimento se esvair e ser depositado no fundo de um poço cheio de insignificância, desamor e rispidez. Em momento algum eu exigi a sua vida em troca do meu carinho, este eu lhe dava porque sentia a sua necessidade em possuí-lo. Jamais desejei dormir sabendo que você não estava bem. E ainda assim, você insiste em ir cada vez mais para longe de mim.
     Não lhe peço muito, somente alguns minutos da sua atenção...
     Somente imploro que não demore muito para se dar conta de que o nosso sentimento está mudando com suas malas próximas à porta, despedindo-se dos momentos, dos carinhos, dos beijos, dos abraços, enfim, despedindo-se de nós. Mas ainda assim ele espera secretamente que você insista para que ele não se vá, bem como eu tenho feito todos os dias em que eu mais preciso e você não está.

 Ludimila do Nascimento Bassan
(Olho que tudo vê)

Eu amava quem você era

"Como vislumbrei possibilidade
De em teu amor viver felicidade
Se de mim, cruel, te apartavas?"
Veredas - Armando Paolineli


    Que confusão cruel na qual me encontro agora! Insensato amor que se entregou por um desvaneio da paixão, cujo sentimento você deixou perder-se com o tempo. E voou como uma triste e solitária folha no vento...
    E quanto mais eu tento entender o que acontece, minha carência a você me remete, acabando por me perder novamente em teus braços. Lutando contra minhas dúvidas, estou neste momento, parte de mim fala de amor e outra de saudade. Saudade essa que não fora deixada pela despedida, mas sim, pela chance que não tive de dizer adeus. Despedir-me do que um dia me foste, dizer adeus a quem me cativou como uma única rosa em meio a um roseiral inteiro.
   Não direi que não te amo, porque seria hipocrisia, e como a abomino, direi simplesmente que te quero! Desejo-te assim, simplesmente para mim, por favor diz que volta porque de finais tediosos eu já estou farta...


Ludimila do Nascimento Bassan
(O olho que tudo vê)

Inspiração de uma palavra

    " Em cada hora, um momento, em cada momento VOCÊ"



    Esperei até a primeira gota de chuva respingar em minha face, para que ela trouxesse consigo, toda a inspiração de que necessito. Ao levar você de mim, deixou saudades, porque quando sua ausência me toca, como o vento, te beijo em silêncio. Seu abraço me solta, deixando-me indefesa, e quando meus braços, em vão, te procuram, envolvo-te em pensamento.
Ludimila do Nascimento Bassan
(O olho que tudo vê)

Saudades dos tempos de menina


    Não sei ao certo o que dizer, ou até mesmo como justificar esse sentimento que sorrateiramente surgiu e me surpreendeu de maneira ímpar. Não o chamarei de ciúmes, pois não tenho nenhuma propriedade sobre ele. Deve ser a saudade...
    Lembro-me perfeitamente como tudo começou. Éramos crianças, estávamos no auge de nossa infância e nada mais importava. Corríamos por entre aquela mata, andávamos sobre o lombo de um cavalo e pulávamos naquele lago, sem responsabilidades ou receios. Eu me afogava e você me salvava, você se afogava e quem te salvava era eu; ambos nos afogávamos, em meio a sorrisos e brincadeiras próprias da idade.
    Porém o tempo passou, e por inconveniência do destino nos afastamos e crescemos longe um do outro. E quando finalmente nos unimos novamente, algo ficou faltando... Talvez seja aquele abraço que não demos, ou aquela partida de futebol que foi deixada de lado. E inesperadamente, pela primeira vez, o enxerguei como homem, não mais como um menino. Você havia crescido e trocado o galope pelo ronco dos motores daquela moto, nossa mata ainda estava lá, mas você não...
    Em meio aos olhares escondidos, na maioria das vezes sem graça e tímido, senti algo, uma possível vontade subta de me esconder entre as árvores para que você fosse à minha procura. No entanto, alguma coisa em mim dizia que esse tempo jamais voltaria. Fico a me perguntar o que se passou naquela troca de olhares que me fez voltar no tempo e querer reviver os nossos momentos de mais pura alegria.
    Hoje, vivemos vidas diferentes e estamos tão distantes, distantes de tudo e de todos, distantes daquilo que um dia foi NÓS. Só te peço uma coisa... Não se esqueça de mim', como eu jamais esquecerei de você, te carregarei comigo sem nenhuma vergonha, relembrando a todo momento aquele nosso esconderijo secreto que hoje se tornou uma passarela para o meu sonhar.

Ludimila do Nascimento Bassan
(O Olho que tudo vê)

Me ensine a amar?

"Meu sonho não é destruir o sistema político vigente para reconstrui-lo. Não creio em mudanças de fora para dentro. Creio numa mudança pacífica de dentro para fora, uma mudança na capacidade de pensar, se enxergar, criticar, interpretar os fenômenos sociais, e em especial, na capacidade de resgatar o prazer. Meu sonho está DENTRO DO SER HUMANO".
 O vendedor de sonhos - Augusto Cury

"Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus...
Ó mar! por que não apagas
Coa esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noite! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!..."
 O navio negreiro - Castro Alves



    Certamente, não comecei este artigo utilizando esses dois fragmentos somente para que fosse maior o número de caracteres no texto. Deixe-me falar de amor. Com licença, será que eu poderia amar? Se eu não puder amar por completo, gostaria de um amor pela metade, isso! Diga que pode ser pela metade? Mas e se eu não conseguir amar?  Dizem que é algo tão complicado, ouvi que o amor aparece acompanhado de um sentimento de dor. Sinto medo. Mas talvez seja esse o maior problema, o medo! Me dá agonia só em pensar que eu terei que abrir mão de muitas coisas que foram conquistadas com as minhas próprias mãos até hoje. No entanto, ainda assim, será que eu poderia amar um pouco? Um pouquinho, de leve... algo me diz que não vai me custar os olhos da cara e além disso, as pessoas que amam, parecem tão bonitas e jovens, talvez porque o amor cure todos os males. Talvez ele seja o remédio que a falha medicina busca há tanto tempo, sem encontrar. Talvez a necessidade seja a de fechar os olhos e sentir! Talvez... talvez... talvez.. Quão grande não será o prejuízo da humanidade enquanto o mundo permanecer no talvez? Muitas vidas se perderam baseadas no"talvez ganhemos mais dinheiro assim" "talvez gastemos menos dinheiro assado", e onde esteve o amor? Em vão procurávamos, tentávamos comprá-lo, muitas vezes o escondemos por detrás de um pré-conceito aqui e outro ali, abrimos mão dele em troca de prêmios e bonficações. Porém se dessa maneira continuar, nunca o encontraremos. O amor está em nós dentro do ser. Não digo amor carnal, nem familiar, mas sim, o amor ágape, quele puro e sincero, aquele amor que vai além da fisionomia, afinidades e laços de sangue. Um sentimento que não compromete, e sim, rompe as barreiras que nos prenderam durante tantos e tantos anos. O amor que nos dá asas que nos leva infinitamente pelo caminho da liberdade. 

É necessário silenciar e sentir...

Ludimila do nascimento bassan
(O olho que tudo vê) 

Vendo sonhos!

"(...)alguém que faz da realidade um pesadelo com sonhos que parecem inalcansáveis diante das suas pequenas oportunidades (...)"


    A vida não deveria ser encarada como uma eterna preocupação monótona. Não somos de fato seu dono, pois se assim fosse, presumindo a morte, optaríamos por não nascer, supostamente imaginando, a dor, e cultivando um sentimento de arrependimento e incapacidade física, diante todas as nossas limitações. Entretanto, somos livres, a medida que escolhemos os caminhos que nos satisfazem ou não.
    Qual seria a vantagem de vivermos em liberdade sendo que futuramente nos aprisionaríamos no medo ou receio? As oportunidades, betem à nossa porta durante todos os momentos, mas são exatamente esses sentimentos de medo e receio, gerados inteiramente por nós mesmos, que nos fazem desistir e abandoná-las. E então elas passam, e culpados ficamos, mesmo não assumindo esta realidade, e afirmando que a culpa é da tão injusta vida.
    Os sonhos são feitos para os persistentes, os insanos e loucos sociais. Os sonhos não se compram, VENDEM-SE. Eles não morrem, simplesmente adormecem no seu mais profundo eu, os sonhos são dos obstinados.São dos que acreditam, são simplesmente e totalmente SEUS!

Ludimila do Nascimento Bassan
Olho que tudo vê

Se as pessoas soubessem dizer não...


    Uma única palavra pode mudar muitas coisas, bem como uma vírgula ou um ponto em uma oração. Quando dizemos algo ou até escrevemos, corremos o risco de que nossa opinião seja mal interpretada ou deturpada por algum leitor. Em alguns desses momentos podemos sim, nos considerar culpados pela falha na comunicação, já que somos donos do que sai de nossa boca e de nossos pensamentos.
    Entretanto, existem duas palavras que por singularidade transmitem idéias opostas sem necessidades de justificativas ou apelações: o SIM e o NÃO. Essas duas pequenas palavras, tão usadas em nosso vocabulário necessitam de um estudo mais profundo e não considerá-las somente  advérbios de afirmação e negação, respectivamente.
    Aplicá-las corretamente durante a vida, denota maturidade e estabilidade, não econômica, e sim emocional. Saber dizer não ao que não nos convém, mesmo sendo um desejo tão profundo, que tende ao sim, não é uma tarefa fácil, poderíamos dizer que é o maior desafio da espécie humana.
    A vida se resume em uma batalha constante entre a psique racional e emocional. Porém quem garante que as decisões tomadas pela racionalidade não carregam consigo um pouco de emoção? Ou que viver de maneira emocional não exige razão? Batalha essa que nos torna maduros com o passar do tempo.
    Se analísássemos cada detalhe da história da humanidade, perceberíamos que as maiores catástrofes mundiais poderiam ter sido evitadas na utilização eficiente de um sim ou um não. A escolha de aceitar ordens sem constestá-las ou negar um pedido de piedade também.
    Muitas vezes imperceptívelmente ou não, negamos a realidade dos fatos e colocamos uma venda como a justiça, e dessa forma não enxergamos o que está tão diante de nossos olhos...

Ludimila do Nascimento Bassan
(o olho que tudo vê)

O desafio de se conviver com a diferença

    
    Uma das maiores necessidades do ser humano é a de conhecer a si mesmo, exaltando suas qualidades e percebendo que na realidade os defeitos não existem, mas sim diversos pontos de vista analisados por perspectivas culturais distintas. No entanto, torna-se uma grande dificuldade aceitar-se devido ao espelho social que reflete diariamente nas expectativas da sociedade perante um padrão comportamental e estético.
    Partindo desse princípio, é natural projetarmos essas expectativas adquiridas sobre os ombrs das pessoas, e quando as mesmas não correspondem aos resultados esperados, frustrantemente são excluídas até o momento em que se adequem ao sistema existente e predominante.
    A padronização dos meios produtivos e a constante tecnologia nele aplicado, difundiram-se pelo ramo industrial e competitivo, porém não se fixaram somente a ele. Suas consequências afetaram a sociedade mundial, de forma a exigir o máximo de totalidade dos indivíduos. Objetivando o aumento produtivo, excluíram a existência de um ser humano por detrás de cada operário, sendo eles substituíveis a qualquer momento, mesmo intimamente considerados diferentes.
    Sendo assim, não seria coincidência o que encontramos nessa "modernidade social", a qual ainda possui referências imutáveis. Sociedade essa, baseada em falsas aparências , instituindo um valor quase nulo à essência e cultura proveniente de cada ser humano. Poderíamos dizer que a competência está diretamente relacionada ao caráter, embora este não seja valorizado na atualidade.
    Para que possamos conviver em uma sociedade harmoniosa, observa-se a necessidade de um auto-conhecimento imprescindível para que dessa maneira o espelho social reflita uma imagem que de fato é existente e não imposta por um sistema padronizador. E nesse caso, dividir o espaço com outros indivíduos, torna-se uma facilidade corriqueira, já que ao olharmos no espelho sempre enxergaremos um semelhante.


Ludimila do Nascmento Bassan
(O olho que tudo vê)