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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Saudades dos tempos de menina


    Não sei ao certo o que dizer, ou até mesmo como justificar esse sentimento que sorrateiramente surgiu e me surpreendeu de maneira ímpar. Não o chamarei de ciúmes, pois não tenho nenhuma propriedade sobre ele. Deve ser a saudade...
    Lembro-me perfeitamente como tudo começou. Éramos crianças, estávamos no auge de nossa infância e nada mais importava. Corríamos por entre aquela mata, andávamos sobre o lombo de um cavalo e pulávamos naquele lago, sem responsabilidades ou receios. Eu me afogava e você me salvava, você se afogava e quem te salvava era eu; ambos nos afogávamos, em meio a sorrisos e brincadeiras próprias da idade.
    Porém o tempo passou, e por inconveniência do destino nos afastamos e crescemos longe um do outro. E quando finalmente nos unimos novamente, algo ficou faltando... Talvez seja aquele abraço que não demos, ou aquela partida de futebol que foi deixada de lado. E inesperadamente, pela primeira vez, o enxerguei como homem, não mais como um menino. Você havia crescido e trocado o galope pelo ronco dos motores daquela moto, nossa mata ainda estava lá, mas você não...
    Em meio aos olhares escondidos, na maioria das vezes sem graça e tímido, senti algo, uma possível vontade subta de me esconder entre as árvores para que você fosse à minha procura. No entanto, alguma coisa em mim dizia que esse tempo jamais voltaria. Fico a me perguntar o que se passou naquela troca de olhares que me fez voltar no tempo e querer reviver os nossos momentos de mais pura alegria.
    Hoje, vivemos vidas diferentes e estamos tão distantes, distantes de tudo e de todos, distantes daquilo que um dia foi NÓS. Só te peço uma coisa... Não se esqueça de mim', como eu jamais esquecerei de você, te carregarei comigo sem nenhuma vergonha, relembrando a todo momento aquele nosso esconderijo secreto que hoje se tornou uma passarela para o meu sonhar.

Ludimila do Nascimento Bassan
(O Olho que tudo vê)

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"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las".
(Voltaire)