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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Talvez eu tenha me cansado

  
"Cansei desse tal parnasiano,
ele que entre pelo cano
e navegue nos mais profundos rios
da indiferença e orgulho"
L.N.B

    Cansei dos medos que me rondam dia e noite, noite e dia, incessantemente me perseguem sem o mínimo de pudor ou misericórdia, vivo sob um cárcere libertário. Cansei de ter que fugir dos problemas que a todo momento cruzam o caminho de quem anda em busca de algo, a solução é muito mais simples quanto parece: encare-se uma única vez no espelho e perceberá que o que chamamos de problema, na realidade é um sistema ilusório que criamos, porque a resolução desse emaranhado de contradições se encontra em um único espaço, o mesmo que deu origem aos nossos anseios: O próprio ser humano.
    O Homem, em toda a natureza, é a única espécie que implanta uma armadilha para si mesmo. Podemos nos contradizer a todo momento, tentando agradar a uma grande quantidade de pessoas simultaneamente, no entanto os selvagens, unem-se em bandos em prol de um bem comum que vai muito além de sua própria sobrevivência, e sim da permanência de toda uma raça, de uma espécie.
    Com o passar dos anos, as pessoas tornaram-se cada vez mais individualistas e passaram a lutar por uma causa que não pertencia a um conglomerado, deixaram para trás a união e esqueceram-se da raiz de uma luta válida. Lutar sozinho por uma causa teoricamente indefinida gera um conflito social de uma imensidão vasta.
    Mas apesar de tudo, o espírito transformador ainda existe em cada indivíduo, ainda que seja revelado através de uma injustiça cometida com uma pessoa muito próxima; isso prova que ele ainda está lá, permanente e intacto, camuflado? Talvez. Escondido por detrás de um medo aparente que sobressai a qualquer sinal de imposição, nos colocando em um patamar submisso. Novamente, encontramos o ser contraditório, confrontando-se com o seu próprio reflexo: espécie X espécie, caminhando em direções contrárias, buscando incessantemente se encontrar consigo mesmo.
Ludimila do Nascimento Bassan
(O Olho que tudo vê)

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"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las".
(Voltaire)