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sábado, 20 de novembro de 2010

Talvez eu seja


Talvez eu seja mais um na multidão,
alguém sem rosto e coração,
talvez eu seja o reflexo da sombra da sua falsa paixão

talvez eu seja a silhueta da mulher que passa,
talvez eu seja todo o tempo que você gasta,
talvez eu seja a esperança em tua asa

talvez eu seja o som do passarinho
que tão cedo abandona o ninho e voa para o vasto mundo
pequeno, frágil e sozinho

talvez eu seja a mudança que você quer ver
a menina que esqueceu de se esquecer
e que hoje lhe tem como amigo, amante e perigo

Ou talvez seja somente um sonho a mais
de um alguém que já esperou demais
e que hoje busca na razão motivo de concepção
para não se entregar jamais

Talvez eu seja o seu maior segredo
Seu desejo misturado com um certo medo
e no momento em que sua voz se cala
parece que foi embora me deixando tão cedo

Talvez eu seja a sua perdição
o abismo entre o sentimento e a razão
aquele que te atira em meus braços
e em seguida te faz refém do próprio não

Mas se em algum dia fui seu talvez
é provável que agora seja a minha vez
de abrir mão do que chamam de lucidez
fechar os olhos, silenciar e sentir
o frescor, a alegria e a beleza
que carrego na minha insensatez
Ludimila do Nascimento Bassan

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Paz Bucólica

Triste é ter asas e não poder voar, por isso liberto meu pensamento do seu meio de reprodução e o dou de bom grado ao mundo. Seja ele traduzido em sentimento através dos confins da Terra e que todo ser que nela habita possa sentir o sopro da vida mediado pela brisa dos mares. Desejo profundamente que todas as pessoas durante o mesmo instante desejem da maneira mais desejosa em comunhão com a natureza um pouco de paz interior. E neste único momento, o planeta pararia, as emprenteiras tornariam-se 20 minutos mais pobres e as pessoas seriam infinitamente mais ricas. De que vale um aperto de mão selando um negócio bem sucedido se a única coisa valorizada no momento seria um abraço e uma voz dizendo que nada é mais nobre que um sorriso em sua face. Os homens buscam a paz, procuram a paz, compram a paz, vendem a paz e assumem que a conquistaram de maneira honrosa posando para a capa dos jornais empunhando seus fuzis gloriosos que roubaram a esperança que algumas crianças inocentes um dia tiveram : de encontrar a paz. FALSA PAZ, PAZ HIPÓCRITA E HOSTIL! Paz que o marketeiros vendem como real, ilusão gerada por uma caixa quadrada que ecoa um grito de desespero abafado por promessas vâs. E de presente vendem espelhos que refletem imagens desfocadas e sem vida que clamam e imploram por agulhas, algumas migalhas de pão e SANGUE para que se sintam vivas e possam ser reconhecidas por quem lance um olhar sobre os borrões contidos em sua face. Presas no espelho elas choram e sentem-se incapazes e completamente impotentes para das asas aos seus pensamentos, precisam ser reconhecidas, precisam ser notadas, precisam estar em paz. Que paz seria a verdadeira senão a interior, aquela que queima, que incendeia a vida que despenteia o cabelo da menina, que não tem receios, que não teme ao tomar uma decisão, que busca no cantar dos passarinhos o ritmo que regerá o dia, que sente a brisa do mar no rosto e agradece por estar vivo! Que abraça o mundo com a ponta dos dedos, que alcança o céu na ponta dos pés que liberta o pensamento e divide com as gerações da vida. Que busca no amor a razão para continuar em vida, paz essa que vive para que o lado oposto sorria com o seu sorriso. FAÇA PAZ, SEJA PAZ, DOE PAZ , ESTEJA EM PAZ!

Ludimila do Nascimento Bassan