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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Palavra dita de tão longe



"Mas que tens? Não me reconheces?
De mim afastas teu rosto?
Pois tanto pode o desgosto
Transformar o rosto meu?
Sei a aflição quanto pode,
sei quanto ela desfigura,
e eu não vivi na ventura...
Olha-me bem, que sou eu!"
Ainda assim - ADEUS - Golçalves Dias

"Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranquilo:
QUERO SOLIDÃO.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens,
Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras? TUDO. Que desejas? - NADA.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?

Deixo aqui meu corpo,entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão"
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
QUERO SOLIDÃO!!"
Despedida - Cecília Meireles

    Através dos poetas, a ti me desponho. Não falarei por mim, pois eles já disseram antes que eu o pudesse. Silenciei-me ao máximo, guardei segredos tomando sempre o cuidado de não me aproximar muito e durante esses últimos dias, mantive-me à espreita a esperar pelo tempo.
     Se souberes como me explicar o critério selecionador do coração, serei eternamente grata. Preciso me defender, me vacinar... ESTOU À BEIRA DE UM COLAPSO.
    Ao optar por permanecer só, não me isento de qualquer possível culpa, muito pelo contrário, visto mais uma vez a roupagem do egoísmo que pretende guardar os sentimentos, não quero magoar mais ninguém! Deixe-me sonhar nesse mundo abstrato, ao qual me faço dona...
    Para quê insistir tanto em algo que não pretende tornar realidade? Por que seria a ilusão chave mestra para a porta da dor?
    Não mais me iludirei e nem a você!
   
   "Deixo as pessoas livres, as pessoas e as coisas, se um dia elas voltarem é porque de fato pertencem a mim e eu me sujeito a elas, porém se ao contrário for, nunca as possui e muito menos elas a mim!"

Ludimila do Nascimento Bassan
(O Olho que tudo vê)

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"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las".
(Voltaire)