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sexta-feira, 31 de maio de 2013




Cadê você ALICE?

Me afastei para me aproximar de mim
porque bonito é saber mesmo de si
e se me recordo bem, me pertenço.
Sou de mim toda a parte que me cabe
e sou de ti, tudo aquilo que a mente não sabe
ao meu respeito, dou aquilo que procuro
Em vão dentro daquilo que sou
Por hora padeço na busca, porém finita
e na esperança por mim convicta
de que em mim ainda cabe a ilusão
A ideia que um dia foi sonhada
me provou poder sim ser praticada
Basta transformar o objeto em verbo
E se ainda tenho algo de certo
Que seja a certeza de não saber nada
do que a tristeza de achar que sei tudo.
Aprendo na medida do possível
A encontrar tudo o que há de incrível
Na lágrima tímida que rola no rosto
Até o prazer que me dá seu gosto
Porque o desgosto deixado
naquele passado mês de agosto
Me despertou para o que mereço
Sabe que cada um tem o seu preço
Me vendi para ser livre
O preço é o sacrifício de silenciar
Tudo aquilo que sempre quis gritar
e lançar para o mundo todo ver
Mas hoje me transformei em tudo
o que nunca quis ser
Sim! 
Sou aquilo que os olhos azuis denunciaram 
Sou aquela que vocês abandonaram
Sou aquela fera que mesmo ferida
encontrou forças para prosseguir
e sem antes ou porvir escreve
no rodapé uma nota breve
Não vou tomar o lugar que não me foi dado
Não vou derrubar quem se encontra ajoelhado
Porque assim como caí sem ninguém do lado
Pude escalar até o cume mais alto 
Para poder gritar e dizer,
Obrigada por me fazer ser quem eu
nunca pretendi ser
De menina a mulher em alguns meses
Sou capaz de escolher 
o que eu quero sempre
e o que eu quero às vezes.
Por vezes aventura
por dias, vida dura
Uma alma pura quem irá me presentear
Alice, minha menina, minha mulher
faça de mim aquilo que quiser
você escolhe o momento,
enquanto ainda for um sonho
não vou te abandonar
minha pequena
não me deixe, seria uma pena...

Volte logo, não me dê tempo de esquecer sua face
não me permita abandonar seu sorriso e seu olhar
não me deixe chamar de lembrança
porque não tenho recordações para relembrar
Você é do tamanho da minha história Alice.

com amor
M.

Um comentário:

  1. Linda essa poesia Ludimila. E você menina é do tamanho da minha história. Parabéns

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"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las".
(Voltaire)