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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Circo de Horrores





Tem gente que admira e tem vergonha de falar,
mas diante de você tenho que me curvar
e reverenciar tamanho o seu talento
Te garanto será único esse seu momento
Atores com suas máscaras, prontos então
Fantasias bordadas com as suas próprias mãos
Vai começar e você me entrega essas flores
Seja bem vindo ao meu circo de horrores


Você se tornou parte da platéia que aplaude
E nas mãos do mágico não pode haver maldade
Ilusão! Cada coelho agora é um espanto
Apertar as nossas mãos e ficar esperando
Preste atenção quando outubro passar
Se ele atende a sua prece ou se vai te envergonhar


O sorriso que eu levo nem sempre é o que há
Eu só tenho a esperança e Deus pra me guardar
Eu carrego nos olhos a dor de quem sou
E nas mãos calejadas o que já se passou


Olha lá, sobre a corda bamba a equilibrista
Linda e mulher guerreira que conquista
Tem que até dançar sobre as contas do mês
água, luz, telefone e nada pra aula de inglês
A tendência existente é sempre cair
Mas ela é uma fênix pronta pra ressurgir


A mulher barbada pra mim é apelação
Rir da desgraça alheia lhe traz mais emoção?
Olhe no espelho antes de julgar alguém
Dono da verdade, pra mim não passa de ninguém
Carrega o rei na barriga e já se acha rico
Desculpa desapontar, riqueza vai além do físico
É questão de caráter, vem do seu coração
Se não vier de lá, nada terá valido então


O sorriso que eu levo nem sempre é o que há
Eu só tenho a esperança e Deus pra me guardar
Eu carrego nos olhos a dor de quem sou
E nas mãos calejadas o que já se passou


Esse circo de horrores lhe parece apelativo
Critique-me a vontade, esse já virou seu vício
Refletor, no picadeiro o foco sou eu
Hoje eu vou gritar pra te levantar
Muitos vão falar que a voz endoideceu 
Tá com medo de escutar então saia dessa lona
Porque para digerir é necessário que se coma


Palhaço que chora é o que mais tem por aí
Absorve a sua tristeza pra te permitir sorrir
Artista circense, vulgo doutor do riso
Usam da piada pra tratar como remédio
É preciso sorrir para não morrer de tédio
Pegue esse nariz e pode abusar
Porque é melhor fazer sorrir 
Do que sorrir com o chorar


O sorriso que eu levo nem sempre é o que há
Eu só tenho a esperança e Deus pra me guardar
Eu carrego nos olhos a dor de quem sou
E nas mãos calejadas o que já se passou


Então me despeço e agradeço as suas flores
Não desanime e dissipe as suas cores
Preto vermelho amarelo já não importa
É esse arco íris que está à sua volta
Fique à vontade e volte quando quiser
Da próxima vez compartilhe seus amores
e seja bem vindo ao meu circo de horrores

Ludimila do Nascimento Bassan


Um comentário:

  1. Muito bom,bela poesia,
    tem um certa sonoridade tbm..
    daria até uma musica com esse refrão :
    "O sorriso que eu levo nem sempre é o que há
    Eu só tenho a esperança e Deus pra me guardar
    Eu carrego nos olhos a dor de quem sou
    E nas mãos calejadas o que já se passou"
    continue escrevendo :)

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"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las".
(Voltaire)