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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Fragmentos de uma verdade obscura



Há uma imensa naturalidade nessas tuas palavras
Na realidade dizem mais aquelas que permanecem caladas
O seu desprezo já não me causa nada
Além da necessidade de olhar-te feito espelho
Ignorando um rosto que transfigura o mar vermelho
Para enfim calçar um par de tênis e iniciar a caminhada

E a cada passo posso enxergar uma lembrança
e a cada espaço aumenta um pouco mais a esperança
E ali refletido sobre uma pilha de cacos de vidro
Encontro fragmentos de quem outrora foi
No mais sincero e saudoso abraço, amigo
Palavra cujo significado só é compreendido depois.

Na realidade essa fuga possui um propósito:
o de livrar-me desse seu coração inóspito
para que eu permaneça em total reclusa e distância
Pode ser que demore ou que eu jamais volte
Mas eu espero que tenhas a coragem de compreender
E esqueça essa tua chaga, a quem você chama de bandida
e que por diversas vezes esteve somente à espera
para fazer, de fato,  parte disso que chamam de tua vida

Mas acalme-se não há motivo para agir em ira
Somente o tempo carregará consigo as verdades das quais precisa
Não sobreponha a razão ao que se sente
porque essas duas palavras são interdependentes
E ao menos lembre-se:
Às vezes torna-se necessário soltar
Para poder enfim abraçar e reabraçar novamente

Ludimila do Nascimento Bassan

Um comentário:

"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las".
(Voltaire)